A prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, entusiasmada com a posição conquistada pelo agronegócio sidrolandense, o 3º mais rico no âmbito estadual e o 20⁰ no ranking nacional, garante que o fomento econômico é uma das prioridades da sua gestão. "Atrair investimentos, gerar emprego e renda, dar suporte a quem empreende é o compromisso de trabalhar diariamente para honrar", afirma a prefeita.
Vanda acredita que a cidade tem plenas condições de subir neste ranking porque tem atraído empreendimentos que vão diversificar sua matriz econômica.
A prefeita cita o projeto da Cooperativa Alfa de implantação de uma unidade de produção de leitões, que vai criar uma cadeia produtiva, agregando valor ao milho produzido no município, matéria- prima da ração usada na alimentação das matrizes e leitões. O município vai dar isenção de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) incidente sobre a construção da unidade de produção que seja erguida numa área de 306 hectares na saída para Maracaju. Gestões feitas junto ao Governo do Estado garantiram a pavimentação do acesso (uma extensão de 1,5 km) ao complexo, a partir da MS-162.
A Prefeitura assumiu o compromisso junto à MS-GAS e vai comprar um hectare às margens da BR-060 para a instalação da subestação do ramal do gasoduto que trará gás natural de Campo Grande para Sidrolândia.
O gás será a alternativa mais barata para o uso nas caldeiras dos frigoríficos, silos de armazenagem e indústria de esmagamento de soja, nas residências e veículos.
A agricultura familiar, com 4.736 pequenos produtores contribuiu na movimentação econômica do setor. Um estudo do Incra mostra que em 2005, quando as famílias receberam os lotes do Assentamento Alambari, a renda per capita era de R$ 64,00, hoje passa de R$ 500,00, com a exploração econômica das parcelas.
A expectativa é de com o início da titulação e regularização dos lotes, os assentados terão acesso às linhas de crédito para ampliar a produção. A Prefeitura atuou em parceria com o Incra para a entrega dos primeiros 521 títulos no Complexo Eldorado.
O pequeno produtor Sidney Morgado já fez vários financiamentos do Pronaf que possibilitaram comprar dois resfriadores, instalar ordenha mecânica, além da aquisição do rebanho. Hoje tem nove vacas que produzem até 100 litros de leite que vende para um laticínio de Jateí, e tem outras 31 que estão prenhas. Mês passado conseguiu um faturamento bruto de R$ 3.550,00 com a venda do leite. Com as despesas, R$ 1,1 mil só de ração dentre outros custo, tira livre R$ 2 mil.
A venda de bezerros é outra fonte de renda da propriedade que tem o reforço de parte do pasto do lote vizinho, que ele alugou para manter seu rebanho.
Sidney conta com a ajuda da namorada, Luiza Vieira, dona de um lote próximo. Para reforçar a renda, depois que termina o serviço com a produção leiteira, por volta das 6h30, sai para atender os seus clientes, com a venda de sal mineral. Já está no seu terceiro carro, uma Strada modelo 2021.
Dona Marli Antônia da Silva, 61 anos, que está no lote de 11,6 hectares desde dezembro de 2006 quando o Incra fez o sorteio das 777 parcelas que compõem o Eldorado 2. Para chegar a situação em que se encontra hoje, com casa, dispondo de água, luz, um carro para ela e a família se deslocarem, teve uma caminhada de muitas dificuldades, desconforto e até falta do básico para se alimentar, quando a cesta básica fornecida pelo Governo atrasava. "Hoje estou realizada e feliz. Tenho uma plantação de 60 mil pés de abacaxi que garante o sustento da minha família. Pra quem só tinha uma bicicleta tá bom demais. Não vendo meu lote por dinheiro nenhum do mundo", comenta.
Dona Marli ficou seis anos acampada em frente da estação Guavira. Após a compra da Fazenda Eldorado pelo Incra, ficou mais um ano e meio acampada na sede do propriedade.