No ranking de municípios com maior produção agropecuária do país, Mato Grosso do Sul se destaca por meio do avanço na área plantada.
Segundo a analista técnica do Sistema Famasul – Federação de Agricultura e Pecuária de MS, Bruna Dias, a produção de grãos elevou a posição do estado no PAM 2018 (Produção Agrícola Municipal) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Maracaju e Sidrolândia integram a lista dos 20 maiores produtores de soja do Brasil, pois além de terem grandes áreas de produção, os proprietários rurais são em sua maioria tecnificados e atingem produtividades elevadas. Vale ressaltar que Ponta Porã também entrou para a lista em 2018, na 18ª posição, na frente de Lucas do Rio Verde/MT e Barreiras/BA", explica.
Dias também destaca que o estado possui uma boa condição para a boa produtividade de grãos. "Os municípios de MS se destacaram, porque ao contrário dos outros estados, em 2018 a área plantada aumentou.
Isso ocorreu porque existem solos e regimes hídricos adequados às culturas e posição geográfica estratégica para o escoamento de sua produção, consolidando sua vocação ao agronegócio".
A analista ainda ressaltou a importância da presença de cidades no estado entre os principais produtores do Brasil.
"Ter municípios entre os maiores produtores do país coloca MS automaticamente na posição de um importante player na cadeia produtiva de grãos, gerando riqueza, empregos diretos e indiretos, acrescendo o desenvolvimento para as regiões e atraindo investimentos para o estado. Para o ano de 2019, a perspectiva é de se manter em destaque no cenário nacional, porque não apenas as áreas plantadas aumentaram, mas também a produtividade, tendo em vista que as condições climáticas foram mais favoráveis ao desenvolvimento das culturas", afirma.
Em 2018 o valor da produção agrícola no estado atingiu R$ 19,1 bilhões, segundo o IBGE. Um aumento de 24,9% em relação à 2017.
Os maiores responsáveis pelo desenvolvimento da região foram a soja com uma produção de 9,9 milhões de toneladas e o milho, que mesmo com problemas climáticos teve um bom preço de mercado com R$ 3,6 bilhões de reais.