O governo estadual, por meio da Fundtur (Fundação Estadual de Turismo), espera a retomada do turismo no segundo semestre, em Mato Grosso do Sul, e durante este período de pandemia, já requisitou uma ajuda ao setor para pagamento da folha salarial e abertura de novos créditos.
Devido ao cenário de coronavírus, que já teve 53 casos registrados no Estado, a Fundação entende que as atividades voltam ao normal apenas daqui quatro meses e que haverá uma “mudança de hábito” dos turistas, que vão preferir seguir para locais menos populosas, o que pode favorecer os pontos de ecoturismo de Mato Grosso do Sul.
Para isto, a Fundtur divulgou que pretende lançar três campanhas proporcionais que vai lançar em breve e editais de eventos já para 2021, para fortalecer o setor, em parceria com o Ministério do Turismo. Neste momento ainda tem o foco de auxiliar, junto com o Procon-MS, das negociações entre clientes e empresas, que tiveram viagens agendadas para este período.
O diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, citou que os acordos devem seguir o mesmo padrão do que ocorre nas companhias aéreas, que consiste em as empresas (viagens) concederem “crédito” aos clientes para que as viagens ocorram após a pandemia ou ressarcimento de valores.
A expectativa é que o setor volte a produzir no segundo semestre e chegue a “normalidade” apenas em 2021. “Nosso Estado se beneficiará por conta da mudança no mercado pelo seu diferencial, se tornando mais competitivo no nosso principal atrativo, que é o ecoturismo”, descreveu Wendling.
O foco das campanhas (promocionais) em Mato Grosso do Sul ainda será a importância dos sul-mato-grossenses conhecerem as belezas naturais do seu Estado, com viagens domésticas, assim como atrair os turistas em nível nacional, para conhecer o ecoturismo local.
Ajuda – A Fundação de Turismo também quer medidas financeiras de ajuda as empresas que trabalham neste setor, ao menos pelos próximos quatro meses, com auxílio para pagamento de folha salarial e abertura de novas linhas de crédito. Estes pedidos foram encaminhados para o Ministério do Turismo.
“Queremos novas facilidades de crédito e não as que estão em vigor agora. Também sobre taxas e impostos, tarifa mínima de energia e inclusão do BNDES no Fungetur (Fundo Geral do Turismo) de modo que os recursos disponíveis aumentem, pois acreditamos que R$ 300 milhões é muito pouco para o turismo no Brasil”, disse o diretor da Fundtur.