A Secretaria de Estado da Educação (SED) prevê antecipadamente as férias de julho para os meses de maio ou junho. O objetivo é ajustar o calendário para otimizar o tempo perdido, e as aulas ficam suspensas durante uma pandemia causada por coronavírus. A antecipação das férias será definida em reunião na próxima segunda-feira (27).
As aulas na rede estadual de ensino estão suspensas desde 23 de março. O governo mantém atividades curriculares incluídas por meio de técnicas de ensino à distância (EAD). O Correio do Estado apurou, porém, que a manutenção de atividades a distância durante todo o ano é exibida em questões técnicas e legais (não está prevista no ano letivo deste ano) e orçamentárias: o uso da plataforma tem um custo.
Desde o ano passado, o governo de Mato Grosso do Sul mantém atividades de ensino à distância, ainda em caráter experimental, em algumas escolas públicas de três municípios, entre elas, uma capital, Campo Grande. Durante uma pandemia de coronavírus, uma plataforma foi estendida a toda a rede de ensino.
Como aulas na rede estadual de ensino, que contamina 210 mil estudantes, fica suspenso até o próximo dia 6 de maio. A expectativa na secretaria de Educação é validar ou o máximo possível de atividades no EAD durante uma pandemia.
A SED permitiu que professores escolhidos uma das plataformas do Google e outras empresas para aplicar atividades. Desde o Google Documentos até o Hand Talk, que documentos e estudantes com deficiência, o currículo escolar continua sendo cumprido, apesar da pandemia.
A comunicação entre partes ocorre por meio de um aplicativo diário: o WhatsApp. É o caso da Escola Estadual Cel. Lima de Figueiredo, em Maracaju. A unidade optou pelo Google Sala de Aula e o aplicativo de mensagens. Na plataforma do Google, o professor cria uma atividade e o aluno realiza um prazo determinado.
Larissa Barbosa Padilha, professora de língua portuguesa, menciona que a instituição também está usando e-mails. “Planejamos nossas aulas, colocamos em PDF, lançamos no grupo, colocamos como orientações. Os estudantes interagem conosco, fazem perguntas, tiram dúvidas ”, explica.
Quem não tem celular pode receber uma tarefa por email. “Os estudantes que não podem acessar pelo celular, mas possuem computador em casa, recebem as atividades por email. Já no Google Classroom (sala de aula, em inglês) é uma nova plataforma e a maioria dos professores não teve contato, porém, facilitou o trabalho por uma plataforma individual. Ainda não somos a maioria dos estudantes que possuem celulares, mas não são utilizados para atividades. Hoje, [a ferramenta] enriquece o aprendizado de todos ”, finaliza.
Estudante do 1º ano do Ensino Médio, Leonardo Ferreira teve dificuldades, mas já se adaptou à novidade. “No começo das atividades on-line, eu não me dava muito bem. Teve muitas dificuldades para responder às perguntas, mas agora eu estou conseguindo bons resultados, já que é uma maneira mais tecnológica de aprender. As atividades são todas excelentes e os professores explicam muito bem ”, conta.
Em Campo Grande, uma Secretaria Municipal de Educação (Semed) lançou como atividades na página de massas na internet, que devem ser preenchidas após a impressão. Procurado para comentar a possibilidade de manter as aulas em casa, titular da Semed, Elza Fernandes, não atendeu às ligações da reportagem.
Os pais dos 89,7 milhões de alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme) devem acessar o site e imprimir os cadernos. Quem não pode entrar em contato com a escola e agendar uma data para se aposentar.
A entrega é obrigatória para estudantes do 4º ao 9º ano, pois assim, Semed vai registrar uma presença em aula. Quanto às crianças berçárias até o 3º ano, não há obrigatoriedade de entrega, já que elas têm como objetivo promover a interação entre pais e filhos.
Os cadernos de atividades trazem conteúdos e exercícios para cada ano e, no total, contemplam todos os componentes, como Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Geografia Regional, Ciências, Arte, Educação Física e Língua Inglesa, entre outras. (Com informações do Correio do Estado)
