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Frente fria traz mais chuvas e possibilidade de novo temporal de terra no fim de semana

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Foto: Direto das Ruas WhatsApp - Noticidade 

Previsão do tempo divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que as chuvas retornarão à Mato Grosso do Sul a partir do próximo sábado (23).

De acordo com informações do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) uma atuação de uma frente fria associada a passagem de um cavado e ao transporte da umidade indica que todo o estado sul-mato-grossense esteja em alerta para tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventuais queda de granizo, onde a precipitação deve chegar até 100 milímetros.

A sexta-feira (22) permanece com tempo firme, sem previsão de chuvas. De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, até sexta-feira haverá predomínio de sol a tarde e tempo nublado de manhã.

Em Sidrolândia e Maracaju, há previsão de chuva mais intensa somente no domingo. 

A preocupação maior da comunidade é com os temporais, pois as cidades ainda estão se recuperando do último temporal registrado no dia 15 com problemas de quedas de árvores e danos na rede elétrica.

Tempestade de terra - Os meses de inverno, tradicionalmente, são da temporada seca no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil. É a época do ano em que menos chove. Quando a chuva começa a retornar entre os meses de setembro e outubro com temporais de vento, tempestades de areia ocorrem quando há ventania porque o solo está tomado de areia e poeira pelo período seco. A dimensão da tempestade de areia em MS fugiu ao comum porque a escassez de chuva dos últimos meses na região também desviou do normal.

Com a falta de chuva e muitos dias de calor, alguns com máxima perto ou até acima de 40ºC na região recentemente, houve uma significativa perda de umidade do solo. Com isso, acumulou-se uma grande quantidade de areia em superfície. Isso explica que tempestades de areia, como a que se viu na região, sejam comuns em áreas de deserto ou que passam por processos de desertificação.

Com o déficit de chuva da última década, algumas áreas do território brasileiro, como o Semiárido, enfrentaram um rápido processo de desertificação. As nuvens carregadas de temporal de natureza convectiva que se formaram com o forte calor que se registrava no interior acabaram, assim, sendo o “gatilho” para que o vento forte na base destas nuvens levantasse toda esta areia acumulada para a atmosfera, gerando as imagens que impressionaram o Brasil.