Publicado em 13/04/2021 às 11:33,
A demora da chegada da perícia no acidente que resultou na morte de Sueli de Oliveira, de 56 anos, no Assentamento Patagônia, expõe a falta de efetivo no quadro de servidores, o Sindicato dos Peritos Criminais Forenses de Mato Grosso do Sul, pede agilidade no concurso para fortalecer a categoria.
De acordo com Sebastião Renato da Costa Oliveira, a equipe do plantão estava concentrada no acidente de trânsito que vitimou Jackeline da Silva Lima, motociclista que morreu no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Bahia, na região central de Campo Grande, por volta das 6h30. Minutos depois Sueli Terezinha de Oliveira foi atropelada no assentamento.
“A categoria atende várias cidades distantes. As perícias variam de acordo com a dinâmica dos fatos. As vezes conseguimos ligar os vestígios com o que aconteceu. Mas as vezes demora uma hora, duas horas, três horas. Não pode ter pressa. Se não fizer, aquele local já não é o mesmo”, detalha Sebastião Renato.
Situação semelhante ocorreu no dia 4 de fevereiro deste ano, quando houve acidente com duas mortes na Avenida Guaicurus, em Campo Grande, mas a perícia demorou horas para chegar ao local porque estava no anel viário.
Segundo ele, a categoria conta com 111 peritos atualmente em todo o Estado. O sindicato se baseia em estudo da ONU (Organização das Nações Unidas), de um perito para cada 5 mil habitantes, para cobrar maior efetivo. Atualmente, o cálculo é de um perito para cada 20,7 mil sul-mato-grossenses.
“Passaram sete anos da última turma do concurso. De lá para cá perdemos quatro peritos por diversos motivos. As etapas do concurso precisam andar rápido, mas sabemos que concurso é demorado, demora mais de anos”, completa.
No dia 3 de março o governo estadual publicou no Diário Oficial a autorização de abertura de concurso para 250 vagas para perito papiloscopista, agente e perito oficial forense (criminal e médico-legista).
Pelo decreto serão 38 vagas para perito papiloscopista, 100 para agentes, 67 para peritos criminais e 45 para peritos médico-legistas. (Com informações do Campo Grande News)