Nem todo mundo sabe, mas o atleta paraolímpico sul-mato-grossense Yeltsin Ortega Jacques já residiu em Sidrolândia, sua mãe até hoje tem sítio no Assentamento Eldorado.
Ele venceu os 1.500 metros rasos da classe T11 (deficiência visual) na Paralimpíada de Tóquio-2020, quebrou o recorde mundial da prova e conquistou a 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos. Este foi o segundo ouro na capital japonesa do paratleta contemplado pelo Bolsa Atleta, programa do Governo do Estado, administrado pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).
Em 2017, (fotos acima) ele foi campeão da 4ª edição da Corrida Cross Country realizada no município de Sidrolândia e que contou com cerca de 500 atletas. Depois disso, ele se mudou para Campo Grande e contou com apoio do Estado para alavancar sua carreira no atletismo.
Na Paralimpíada de Tóquio deste ano, além de colocar sua segunda medalha dourada no peito (a primeira foi nos 5.000m T11, em 26 de agosto), o campo-grandense de 29 anos estabeleceu novo recorde mundial e paralímpico nos 1.500 metros, que vinha desde Londres-2012. A marca era de 3min58s37, atingida pelo queniano Samwel Kimani.
Yeltsin Jacques, porém, já é experiente em grandes competições e tem pelo currículo, vários títulos de grande expressão representando o Brasil no exterior, o maior deles é a medalha de prata que conquistou no Mundial Paralímpico de 2013, que ocorreu em Lyon, na França.