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Mãe denuncia amigos da família que estupraram criança durante cinco anos

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Divulgação

Uma mulher de 42 anos procurou a Polícia Civil para denunciar dois amigos da família, um deles de 64 anos, que durante 5 anos anos estupraram a filha dela, atualmente com 12 anos. Os abusos, que começaram em dezembro de 2015, só tiveram fim em março do ano passado, quando a vítima foi morar na casa da avó em Sidrolândia por causa da pandemia.

O caso veio à tona há pouco mais de 1 mês, depois que a criança tomou coragem e contou para a mãe. "Minha filha é cardiopata e pegou covid-19. Com medo de morrer e levar esse segredo para o túmulo, ela resolveu contar tudo o que havia acontecido durante todo esse tempo", disse a mulher.

Os suspeitos são sogro e genro. Boletim de ocorrência foi registrado no dia 29 do mês passado, na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e o caso segue sob investigação policial.

Por telefone, a mãe da vítima contou à reportagem que tinha uma amizade com os suspeitos de mais de 25 anos e chegou a dar moradia para um deles. Os dois são casados e têm filhos e netos. Por causa da proximidade entre as famílias e por morar perto, toda vez que ela precisava, pedia para o idoso dar carona para a filha até a escola ou à igreja e quando ia chegar tarde do trabalho, pedia para ele passar na casa dela para saber se estava tudo bem com a criança. Era aí que os abusos aconteciam. 

Segundo relatos da vítima, em depoimento especializado à polícia, os estupros ocorriam em momentos distintos, quando ela estava sozinha com eles. "Tudo era feito escondido, ninguém sabia de nada", contou a mãe.

O idoso, segundo a denúncia, foi quem começou a violentar a menina e chegava a colocar vídeos pornográficos para a criança assistir com ele. Em uma das vezes, em que a vítima se desesperou e começou a chorar, o abusador chegou a dar R$ 5 para ela não contar nada a ninguém. Também dava doces e chocolates para agradar a menina.

“Eu estou indignada. Eles eram de extrema confiança. Jamais poderia imaginar que isso estivesse acontecendo. A minha filha inclusive era amiga da filha de um deles, que tem a mesma idade dela. Fui omissa e culpada também por acreditar neles. Mas não vou me calar, quero alertar outras famílias para que isso não ocorra com outras crianças”, lamentou.

A mãe disse que a vítima deu vários sinais de que alguma coisa não estava bem e chegou a falar em suicídio. “Ela andava muito agressiva e não tinha interesse em fazer as coisas. Chegou a pedir por diversas vezes para ir morar com a avó em Sidrolândia. Quando ia passar uns dias lá, batia o pé porque não queria voltar. Mas eu a obrigava voltar”, lamentou.

A criança passou por exames no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e a Polícia Civil aguarda laudos para dar continuidade às investigações.