A investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) sobre os contratos entre a Santa Casa de Campo Grande e fornecedores de equipamentos, medicamentos e prestadores de serviços será realizada em sigilo pela 49ª Promotoria de Justiça. A abertura de procedimento foi publicada na quarta-feira (17).
O sigilo foi imposto pelo promotor responsável pela apuração e titular da pasta, Gevair Ferreira Lima Junior, que também revelou nesta sexta-feira (19) ao Jornal Midiamax que o caso será tratado nessa condição.
Denúncias feitas pelo conselheiro da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Itapuã dos Santos, provocaram a abertura de procedimento preparatório para apurar possíveis irregularidades nos acordos entre o hospital e empresas.
A ABCG é a entidade mantenedora da Santa Casa da Capital e, atualmente, está sob a gestão do diretor-presidente Esacheu Nascimento. Ao todo, cinco contratos serão analisados, envolvendo fornecedores de medicamentos e equipamentos hospitalares, além de prestadores de serviços de engenharia clínica e lavanderia hospitalar.
Além de Itapuã, outros outros conselheiros se opuseram recentemente a gestão de Esacheu, reclamando de falta de transparência, alto endividamento do hospital e mal aplicação de recursos. Um deles, que não quis se identificar, chegou a afirmar que o afastamento do diretor-presidente é uma hipótese que será estudada.