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Com 82% curados, Capital também tem a menor incidência de covid-19 no País

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Divulgação

As medidas de isolamento, adotadas imediatamente após os primeiros dois casos confirmados de covid-19 em Campo Grande, têm efeito positivo comprovado na comparação com o resto do País. A cidade é a última dentre todas as capitais brasileiras em incidência do coronavírus.

Com apenas 15,63 pessoas infectadas a cada grupo de 100 mil habitantes, a situação na capital de Mato Grosso do Sul é um alento diante de níveis alarmantes como os registrados em cidades como Terezina (PI), onde a incidência é de 561,72 por 100 mil pessoas e São Luís (MA) com índice de 268,90.

“A cidade foi reconhecida nacionalmente ontem. Isso não é por causa do clima não. Não é por causa da situação economia. É por causa do comportamento de cada um. Tem de dar parabéns para o campo-grandense, homens e mulheres. Não são efeitos só das nossas medidas. São os protocolos que cada um de nós passou a adotar, dentro e fora das nossas casas”, comenta o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Na região Centro-Oeste, Campo Grande também conquistou o melhor desempenho no combate à doença. Em Brasília, são 53,23 contaminados por 100 mil habitantes. Em Goiânia (GO) o índice cai para 30,14 e em Cuiabá (MT) para 23,51, divulgou o prefeito nas redes sociais. 

No Estado - Até dentro de Mato Grosso do Sul as medidas adotadas na Capital mostram melhores resultados. Com menos de 14 mil habitantes e 13 casos, Sonora tem, proporcionalmente, a maior taxa de contaminados: 67,4 a cada 100 mil habitantes, 4 vezes mais que em Campo Grande.

Em segundo lugar, aparece Batayporã, com índice de 53 por 100 mil habitantes e em terceira posição vem Três Lagoas, com 42,8.

Campo Grande também tem muitos outros pontos a comemorar nas estatísticas. Com 143 casos confirmados da doença hoje e apenas 9 estão internados, 119 pessoas já se curaram, o que corresponde a mais de 82% do total. 

Rapidez – O prefeito Marquinhos Trad publicou os primeiros decretos para coibir o avanço do coronavírus 2 dias depois da doença ser confirmada em Campo Campo, mantendo apenas serviços essenciais, como supermercados e farmácias.

Apesar da resistência de empresários, fechou o comércio por 2 semanas, suspendeu imediatamente passes livres de idosos, reduziu para 20% a circulação de ônibus, proibiu eventos e shows, fechou casas noturnas, lacrou a rodoviária, estabeleceu o toque de recolher e, em parceria com o governo estadual, montou barreira sanitária no Aeroporto Internacional.

A cidade foi a primeira a suspender as aulas na rede municipal, mas a prefeitura continua a distribuir kits merenda, para assegurar alimentação as famílias durante a pandemia.

Após 14 dias, o município colocou em prática um plano de liberação gradativa das atividades econômicas, com lojas reabertas, depois cartórios, salões de beleza, academias, shoppings e igrejas. Mesmo assim, todos os setores são obrigados a seguir inúmeras regras para funcionamento, com cerca de 400 fiscais percorrendo as 7 regiões da cidade para fazer cumprir as normas de biossegurança. 

O município também investe na higienização de espaços públicos, desinfectando todos os terminais do transporte coletivo, Mercado Municipal, ruas do Centro, avenidas dos maiores bairros e feiras livres.

O toque de recolher segue de 0h às 5h e agora para entrar no transporte coletivo, só se estiver de máscaras, que também são distribuídas gratuitamente pela prefeitura.

“Ser o melhor no ranking nacional é um orgulho. Esse sim é um título que salva vidas”, comemora o prefeito.